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sexta-feira, 18 de abril de 2008

NEOPLATONISMO DE SACCAS, PLOTINO E DISCÍPULOS - Parte 03

Passou Plotino a analisar o conceito de cada uma destas formas de ser do esquema trinitário. Acima de tudo está o Uno, sem qualquer particularização e portanto dotado de transcendência total. Não é isso e nem aquilo, mas é simplesmente.
Não pode sequer ser inteligência, porque esta já é um tipo determinado de ser. "O Uno supremo está do lado de lá do ser" (Enéada, VI,6,5, 37). "Ele é a realidade primeira, mas que não é inteligência por ser anterior à inteligência; pois a inteligência se conta entre as coisas existentes; ora, ele não é algo existente, pois é anterior a tudo; nem é nenhum ser, porque o ser não é algo existente, pois é anterior a tudo; nem é nenhum ser, porque o ser tem como forma a forma do ser; ora, Deus é despido de qualquer forma. Como principalmente a essência da unidade é a produtora de todas as coisas, não é Deus nenhuma destas. Portanto nem é uma realidade determinada, nem nada de qualificativo ou quantitativo, nem espírito, nem alma. Nem é móvel, nem está em repouso, não está no espaço, nem no tempo, mas é uniforme como tal, ou antes, é sem forma, porque é anterior à toda forma, anterior ao movimento e ao repouso, que se atêm ao ser e o multiplicam" (Enéada VI 9, 3). E
sta doutrina da transcendência de Plotino cabe tanto na filosofia de Platão, como na de Aristóteles. O conflito verdadeiramente ocorre nas emanações sucessivas, por graus decrescentes. Isto importa em negar ao ser supremo a capacidade de causar diretamente todas as escalas do ser. As doutrinas primitivas, quando apoiadas nas emanações sucessivas, parecem não ter consistência metafísica. Esta sucessividade compromete a própria transcendência. Dar sucessão implica em atribuir ao primeiro, o Uno, a anterioridade, sem a simultaneidade.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

[Livros]: O BANQUETE - PLATÃO - Parte 02

Aristófanes

Aborda o sonho e a idealização do amor, tornando-o um ente além das regras sociais, procurando encontrar sua verdadeira origem. O amor é definido como saudade de um antigo estado. Aborda, Aristáfanes, a natureza humana e suas mutações, trazendo o mito do Andrógino, o símbolo da Perfeição. Zeus partiu o andrógino ao meio, levando cada metade a querer fundir-se novamente em um só ser. Segundo ele, é o que cura a natureza humana. "Eis por que eram três os gêneros, e tal a sua constituição, (...) e eram assim circulares, tanto eles próprios como a sua locomoção, por terem semelhantesgenitores. Eram por conseguinte de uma força e de um vigor terríveis, e uma grande presunção eles tinham; mas voltaram-se contra os deuses, na tentativa de fazer uma escalada ao céu, para investir contra os deuses. Zeus então e os demais deuses puseram-se a deliberar sobre o que se devia fazer com eles, e embaraçavam-se; não podiam nem matá-los e, após fulminá-los como aos gigantes, fazer desaparecer-lhes a raça. (...) Depois de laboriosa reflexão, diz Zeus: “Acho que tenho um meio de fazer com que os homens possam existir, mas parem com a intemperança, tornados mais fracos. (...) Logo que o disse pôs-se a contar os homens em dois. (...)Por conseguinte, desde que a nossa natureza se mutilou em duas, ansiava cada um por sua própria metade e a ela se unia, e envolvendo-se com as mãos e enlaçando-se um ao outro, no ardor de se confundirem, morriam de fome e de inércia em geral, por nada quererem fazer longe um do outro. E sempre que morria uma das metades e a outra ficava. (...) E então de há tanto tempo que o amor de um pelo outro está implantado nos homens, restaurador da nossa antiga natureza, em sua tentativa de fazer um só de dois e de curar a natureza humana. Cada um de nós portanto é uma téssera complementar de um homem, porque cortado como os linguados, de um só em dois; e procura então cada um o seu próprio complemento. (...) Quando então se encontra com aquele mesmo que é a sua própria metade, tanto o amante do jovem como qualquer outro, então extraordinárias são as emoções que sentem, de amizade, intimidade e amor, a ponto de não quererem por assim dizer separar-se um do outro nem por um pequeno momento. E os que continuam um com o outro pela vida afora são estes, os quais nem saberiam dizer o que querem que lhes venha da parte de um ao outro. A ninguém com efeito pareceria que se trata de união sexual" (pags. 20-22)

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

[Livros]: O BANQUETE - PLATÃO - Parte 01

O tão versado amor platônico encontra suas raízes nesta obra, O Banquete.

O Banquete é uma obra de Platão que discute a respeito do amor e do belo.

Apolodoro e um Companheiro

Apolodoro esbraveja consigo mesmo e com outros, menos com Sócrates, com quem demonstra admiração e respeito.

Agaton é o anfitrião do Banquete no qual são recebidos alguns convidados que falarão sobre o Amor e a Beleza.

O discurso é fragmentado, sendo analisado desde a forma biológica até a filosófica. Proposto por Erixímico, filho de Acúmeno, começam os embates pelos elogios ao Amor, tornando-se o tema central da obra.

Parmênides diz da sua origem bem antes de todos os deuses pensou em Amor.

"Assim, pois, eu afirmo que o Amor é dos deuses o mais antigo, o mais honrado e o mais poderoso para a aquisição da virtude e da felicidade entre os homens, tanto em sua vida como após sua morte." (pag 11)