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quarta-feira, 13 de agosto de 2008

ESTÉTICA TRANSCENDENTAL DE KANT - Parte 04

4. Método

Busca os princípios da sensibilidade a priori a fim de buscar a Estética Transcendental.

Manter a sensibilidade, ou seja, “a capacidade de obter representações mediante o modo como somos afetados por objetos”, isolada a fim de possibilitar a intuição empírica buscar a intuição pura (que a sensibilidade oferece a priori), sendo as formas pura de intuição o espaço e o tempo.

Ao objeto indeterminado de uma intuição empírica é dado o nome de fenômeno. Os fenômenos tem uma matéria e uma forma, aquela é descrita como o que no fenômeno corresponde à sensação e esta como a ordenação do múltiplo dos fenômenos em determinadas relações. Assim, a matéria de todos os fenômenos só pode ser dada a posteriori; o que não é o caso para a forma dos fenômenos que estão na mente a priori, e isso faz com que ela seja considerada sem a preocupação com as sensações.

4.1 Espaço

É a forma pura da intuição sensível uma vez que é um dado a priori. O espaço é a condição para que os fenômenos ocorram, não sendo possível pensar em nenhum objeto fora do espaço.

Pois a representação do espaço já tem estar subjacente para certas sensações se referirem a algo fora de mim, e igualmente para eu poder representá-las como fora de mim e uma ao lado da outra e por conseguinte não simplesmente como diferentes, mas como situadas em lugares diferentes. Logo, a representação do espaço não pode ser tomada emprestada, mediante a experiência, das relações do fenômeno externo, mas esta própria experiência externa é primeiramente possível só mediante referida representação”.

4.2 Tempo

É a outra forma de intuição sensível pura pois, para que algo seja dado à percepção é necessária sua sucessão.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

ESTÉTICA TRANSCENDENTAL DE KANT - Parte 03

3. Estética Transcendental

Entende, Kant, que a estética transcendental é a ciência de todos os princípios da sensibilidade a priori.

O intermediário entre a razão (que possui função prática) e o intelecto (cuja função está ligada aos fenômenos) é a atividade de criar juízos estéticos. Segundo [FI], “O juízo estético é uma intuição do inteligível no sensível, não uma intuição objetiva, mas subjetiva. Esse juízo não tem valor cognitivo, não proporciona nenhum conhecimento do objeto que provoca; não consiste num juízo sobre a perfeição do objeto e é válido independentemente dos conceitos e das sensações produzidas pelo objeto”.

Kant diferencia dois tipos de sensações: a representação da uma coisa lógica, ligada a u m objeto (aisthesis) e a sensação ligada aos sentimentos de prazer e desprazer, ligada ao sujeito (estética).

O juízo da faculdade do sentimento é reflexivo e não tem valor cognitivo pois independem do desejo. O prazer do belo é, então, puramente subjetivo, não trazendo conhecimento sobre o objeto que o provoca.[IM]

3.1 O Sublime
Este é um estado subjetivo que deve ser diferencia do belo. O sublime “resulta do livre jogo da fantasia e da razão: daí fundar-se não numa harmonia, mas num contraste; não no equilíbrio de uma forma finita, que supera toda forma particular. O juízo do sublime surge do sentimento, que, em correspondência com uma intuição leva o espírito a retirar-se da esfera da sensibilidade, na qual ameaça perder-se, para refugiar-se em uma ordem pura. Esta sua natureza faz com que o sublime, mais que o belo, elevando o espírito à esfera da razão, o encaminhe à consciência pura da moralidade.” [FI]

Diferenças entre o belo e o sublime: O primeiro inspira alegria e amor enquanto que o segundo, medo e respeito. Assim, o sublime será a verdadeira virtude e o belo é o que nos torna agradáveis e simpáticos para os outros.

E , por fim, Kant entende por intuição pura ou forma pura da sensibilidade aquela disposição que está na mente a priori; o a priori é aqui usado no sentido de inato, ou seja, como aquela estrutura que já nascemos com ela e desconhecemos sua origem.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

ESTÉTICA TRANSCENDENTAL DE KANT - Parte 02

2. Idealismo Transcendental

Kant conciliou o empirismo e o racionalismo, logo no início da Crítica da Razão pura: “Não pode haver dúvida que todo nosso conhecimento principia com a experiência (…) Mas embora todo ele comece com a experiência, não se segue que tudo nasça da experiência.”

A sensibilidade representa apenas representações e assim, temos acesso indireto ao mundo externo. Essas representações são a coisa-em-si, das quais não podemos ter conhecimento. Em Crítica da razão pura há a "A Refutação do Idealismo", de onde surge o seu idealismo transcendental (ou seja, preocupa-se mais com o modo como é feito o conhecimento dos objetos).
“as aparências devem ser consideradas como sendo, todas elas, apenas representações, não coisas-em-si, e que tempo e espaço são, por conseguinte, apenas formas sensíveis de nossa intuição, não determinações dadas como existindo por si mesmas, nem condições dos objetos vistos como coisas-em-si”.

O idealismo transcendental pressupõe uma distinção entre phenomena (aparências) e noumena (realidade inteligível).

2.1 Juízos

Na Crítica da razão pura são encontradas as distinções entre os juízos.

Juízos a priori e a posteriori: são noções epistemológicas para definição de um juizo. Entende-se por a priori como o juízo que independe de experiência; a posteriori é o que depende da experiência.

Juizos analíticos e sintéticos: juízo analítico é aquele em que o conceito do predicado está contido no sujeito. Se o predicado está fora do conceito do sujeito, o juízo é sintético.
Os juízos analíticos são a priori. Já os sintéticos podem ser a priori ou a posteriori

A exposição transcendental é a explicação de um conceito como o princípio a partir do qual se possa compreender a possibilidade de outros conhecimentos sintéticos a priori

domingo, 10 de agosto de 2008

ESTÉTICA TRANSCENDENTAL DE KANT - Parte 01

1. Kant

Immanuel Kant (1724 — 1804) é considerado um dos maiores filósofos da humanidade, sendo responsável pela síntese do Racionalismo e do Empirismo. Sua concepção sobre o transcendentalismo influenciou muitas áreas do conhecimento humano, dentre elas, a Estética.




Ilustração 1: Immanuel Kant


Até sua maturidade, passou a vida como professor universitário e raramente saiu de sua cidade natal na Prússia.

Lançou em 1781 a Crítica da Razão Pura no qual lançou suas bases para a argumentação transcendental. Dentre outras obras destacam-se a Crítica da Razão Prática e a Crítica do Julgamento.