segunda-feira, 22 de setembro de 2008

A IMPORTÂNCIA DA FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO - Parte 02

Senso Comum e Senso Crítico

O professor que se baseia na Filosofia da Educação pode auxiliar o aluno a discernir entre o senso comum e o senso crítico, permitindo o desenvolvimento e a evolução sócio-ambiental do discente.

O estudo do ser-no-mundo, da cultura e de seu meio aumenta a compreensão tanto do professor quanto do aluno, levando ao descobrimento de novas formas de estar no mundo.

Linguagem

A linguagem é toda expressão que tenha como objetivo a comunicação. Diversas linguagens podem ser utilizadas no processo de educação, desde a oral e a escrita, mais comuns na metodologia atual, até a dança, pintura e o teatro.

Neste campo há uma ciência específica, chamada de semiótica. Nela tempos as presenças dos sinais e dos signos, cujas diferenciações são necessárias para se entender a transmissão de conhecimento. A primeira denota os estímulos produzidos pelos objetos do mundo; já o segundo, são quaisquer estímulos percebidos pela pessoa humana.

Conclusão

A Filosofia da Educação engloba as discussões vivenciadas na área educacional e diferencia-se de outras áreas como a pedagogia e a didática. Ela é de suma importância para que o licenciando compreenda os fundamentos da educação e possa refletir sobre atingir seu objetivo de transmissão de conhecimento, mostrando ao aluno a diferença entre o senso comum e o senso crítico através da utilização adequada das linguagens.



Bibliografia e Sites consultados

LATERZA, Moacyr. Filosofia da Educação – Volume I. Editora Herder, SP.

FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO - http://www.chaves.com.br/TEXTSELF/PHILOS/filed77-2.htm

[GHI] - GHIRALDELLI JR, Paulo. O que é pedagogia? - http://www.centrorefeducacional.com.br/pdaguira.htm

domingo, 21 de setembro de 2008

A IMPORTÂNCIA DA FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO - Parte 01

Introdução

Educar é o ato desenvolver as faculdades físicas, morais e intelectuais do ser humano. A educação é um dos temas mais importantes do conhecimento humano, pois proporciona a separação do mundo mítico e imediatista do mundo filosófico-científico, permitindo maior compreensão do nosso mundo e acerto nas decisões que devem ser tomadas no dia-a-dia. A filosofia se volta sobre a práxis humana. Quando voltada para a educação, a filosofia reflete sobre a prática na educação.

De acordo com [GHI] “Pedagogia, didática e educação estão ligadas. Mas a filosofia da educação é um saber mais independente, que pode ou não ter um vínculo com os saberes da pedagogia e da didática, ou do saber-prático (e imediato) que faz a educação acontecer. O termo “filosofia da educação” aponta para um tipo de saber que, de um modo amplo, é aquele acumulado na discussão sobre o campo educacional. Faz assim ou para colocar valores e fins e legitimá-los através de fundamentos, ou para colocar valores e fins e legitimá-los através de justificações. Há, portanto, dois grandes tipos de filosofia da educação: a filosofia da educação que serve como fundamentação para a pedagogia e filosofia da educação que serve como justificação”.

A Filosofia da Educação permite a reflexão sobre a educação do ser humano em seus mais diversos focos; com ela, a pedagogia e a sociologia da educação também podem ser aprimoradas, questionadas e evoluírem cientificamente.

A atitude filosófica perante a educação busca a causa de determinados fatores que ocorrem nas instituições educacionais, em programas governamentais, os objetivos de determinados estudos e delineia as mudanças que devem ocorrer de acordo com os paradigmas de cada época.

O licenciando de qualquer matéria necessita conhecer as bases filosóficas que trouxeram a educação até o ponto que se encontra hoje; mais do que isso, mister se faz o conhecimento profundo dos fundamentos filosóficos educacionais para compreender seu contexto e até mesmo propor novas formas pedagógicas a fim de tornar a educação mais adequada a uma determinada realidade.

sábado, 20 de setembro de 2008

Cooperativas autogestionárias

Vídeo sobre cooperativas autogestionárias na grande São Paulo (Brasil). Uma aula sobre autogestão, baseada no trabalho realizado pela Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (um projeto de extensão da USP).

Veja aqui.

Sócrates

“Sócrates nos mostra que temos a capacidade e o dever de não seguir opiniões passivamente. Devemos desenvolver idéias nas quais realmente acreditamos. Apesar de relutarmos em perceber, somos todos capazes da transição de ovelhas a seres pensantes; ou seja, a filósofos.” Vídeo em inglês, com legendas em português.

Veja aqui.

Pequenos gestos podem fazer a diferença

E fazem mesmo.

Veja aqui.

Brasil: Beyond Citizen Kane

“Brasil: Beyond Citizen Kane” (Muito Além do Cidadão Kane) é um documentário produzido por Simon Hartog, em 1993, para o Canal 4 da BBC, sobre a política de telecomunicações do Brasil, com foco na Globo de Roberto Marinho.

Veja aqui.

sábado, 13 de setembro de 2008

A ANGÚSTIA - Parte 06

5. Conclusão

O conceito da angústia vem sendo refletido pelos filósofos contemporâneos face às grandes modificações de comportamento que a humanidade vem apresentando ao longo dos séculos. Mormente com as transformações após a Revolução Industrial e as Primeira e Segunda Guerras Mundiais.

Quais os limites da liberdade do Homem? Até onde podemos ir? Qual a responsabilidade das nossas ações? Essas questões trazem em seu bojo um significado existencialista cuja resposta traz a aproximação do Nada.
A angústia nasce, então.


quarta-feira, 10 de setembro de 2008

A ANGÚSTIA - Parte 05

4.2 A angústia

O nada é revelado na angústia. Apesar disso, não há a destruição do ente em si mesmo e tampouco a realização de uma negação do ente em sua totalidade. O próprio nada nadifica.
Heidegger ainda faz uma explanação conceitual do que é a Metafísica:

Metafísica é o perguntar além do ente para recuperá-lo, enquanto tal e em sua totalidade, para a compreensão. Na pergunta pelo nada acontece um tal ir para fora além do ente enquanto ente em sua totalidade. Com isto prova-se que ela é uma questão “metafísica”. De questões deste tipo dávamos, no início, uma dupla característica: cada questão metafísica compreende, de um lado, sempre toda a metafísica. Em cada questão metafísica, de outro lado, sempre vem envolvido o ser-aí que interroga. Em que medida perpassa e compreende a questão do nada a tota lidade da metafísica?Sobre o nada a metafísica se expressa desde a Antiguidade numa enunciação, sem dúvida, multívoca: ex nihilo nihil fit, do nada nada vem. Ainda que, na discussão do enunciado, o nada, em si mesmo, nunca se torne problema, expressa ele, contudo, a partir do respectivo ponto de vista sobre o nada, a concepção fundamental do ente que aqui é condutora.

O nada não é o oposto do ente, não é a negação do ente. Mas pertence ao ente. Hegel vai concluir este pensamento com a afirmação “O puro ser e o puro nada são, portanto, o mesmo.”

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

A ANGÚSTIA - Parte 04

4. Heidegger

Este filósofo traz a angústia do Ser em relação ao Nada.

4.1 O Nada

Heidegger [HE] traz uma questão perturbadora em relação à ciência. A pesquisa é feita somente em seu objeto (o ente) e mais nada.

Que acontece com este nada? E, por acaso, que espontaneamente falamos assim? E apenas um modo de falar — e mais nada? Mas, por que nos preocupamos com este nada? O nada é justamente rejeitado pela ciência e abandonado como o elemento nadificante. E quando, assim, abandonamos o nada, não o admitimos precisamente então? Mas podemos nós falar de que admitimos algo, se nada admitimos? Talvez já se perca tal insegurança da linguagem numa vazia querela de palavras. Contra isto deve agora a ciência afirmar novamente sua seriedade e sobriedade: ela se ocupa unicamente do ente. O nada — que outra coisa poderá ser para a ciência que horror e fantasmagoria? Se a ciência tem razão, então uma coisa é indiscutível: a ciência nada quer saber do nada. Esta é, afinal, a rigorosa concepção científica do nada. Dele sabemos, enquanto dele, do nada, nada queremos saber.”

Este nada traz reflexões sobre a própria metafísica. O que é este nada? Onde o procuramos e onde o encontramos? É apenas uma negação do Ser, ou seja, um não-Ser?
Deste processo é encontrada a Angústia.

sábado, 6 de setembro de 2008

A ANGÚSTIA - Parte 03

3. Kierkegaard

Este pensador teve grande influência religiosa e vivu entre a fé e a incredulidade moderna. Recusava-se a reduzir a existência humana à lógica. O Ser está em constante devir, andando por um dos três estágios a seguir:
  • Estado Estético: o indivíduo não tem compromissos ou finalidade vivendo de forma efêmera;
  • Estado Ético: o indivíduo vive compromissos com seriedade e honestidade, uma vez que já superou a o Estado Estético;
  • Estado Religioso: a fé entra em conflito com a lei, forçando o indivíduo a dar um salto no escuro e a fazer opções de acordo com seus valores.

[GE] cita uma passagem que ilustra o pensamento do filósofo:

O temor diz respeito a qualquer coisa de preciso, ao passo que a angústia é a realidade da liberdade, como possibilidade frente à possibilidade, a possibilidade da liberdade. Somos angustiados por nada: a angústia tem o nada como objeto... é a vertigem da liberdade, o arrependimento em potência, a suspeita da consequência antes que ocorra. A fé é a coragem de renunciar à angústia sem angústia

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

A ANGÚSTIA - Parte 02

2. Sartre

“O Ser e o Nada” é uma de suas obras mais famosas. Abordando o homem no mundo, o cogito cartesiano é fundamentado emuma existência anterior em um campo transcendental sem sujeito. O Ser apenas é e se manifesta no mundo sendo. O futuro do Ser é apenas uma possibilidade que fica fora de seu alcance. Essa relação entre o presente o o futuro é apenas uma possibilidade, dentre muitas, que podem ocorrer. Tudo é possível. A angústia criada neste momento permite ao homem torar consciência de sua liberdade, uma vez que ela pôe-se a si mesma em questão.

As infinitas possibilidades e a liberdade trazem a angústia ao Ser. Para Sartre somos seres históricos, imersos no contexto em que vivemos. Essa liberdade autêntica nos traz a responsabilidade de construir um novo universo de possibilidades. [CL]

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

A ANGÚSTIA - Parte 01

1. Introdução

O senso comum costuma manisfestar-se em situações de ansiedade, de “dor”, de saudades de algo ou alguém e resumir tudo sobre a égide da angústia. Nem sempre é possível a definição deste sentimento, muitas vezes mesclados com outros.

Uma rápida consulta ao Dicionário Aurélio – Século XXI nos traz a seguinte notação:

[Do lat. angustia.]S. f.
1. Estreiteza, limite de espaço ou de tempo.
2. Ansiedade ou aflição intensa; ânsia, agonia.
3. P. ext. Sofrimento, tribulação: A triste revelação acarretou o agravamento de suas angústias. 4. Hist. Filos. Segundo Kierkegaard v. kierkegaardiano, determinação que revela a condição espiritual do homem, caso se manifeste psicologicamente de maneira ambígua e o desperte para a possibilidade de ser livre.
5. Hist. Filos. Segundo Heidegger v. heideggeriano, disposição afetiva pela qual se revela ao homem o nada absoluto sobre o qual se configura a existência (q. v.).

As definições acima trazem de forma rasa a visão de Kierkegaard e Heidegger e mostram o relacionamento que a angústia tem com a filosofia. Além destes dois grandes pensadores, outros também refletiram sobre este sentimento, suas causas e consequências.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Entrevista com professor Ruan Alba De Albuquerque

Entrevista com professor Ruan Alba De Albuquerque da Escola Estadual Maestro Breno Rossi


Eu Marcos Paulo Landi, e Thiago Della Serra alunos do último ano de Filosofia tivemos a honra e a sorte de entrevistar o professor Albuquerque como é conhecido na escola é tive sorte de ele ser professor de História e Filosofia, e de ter um aluno cadeirante e um surdo- mudo a coisa não é bem assim como pregamos e pensamos, ou seja, o estado e a prefeitura e aqueles que administram a escola pública, peca nesse quesito, ou seja, o aluno é jogado na sala de aula, o professor não tem preparo para lidar com esse aluno e o estado não investe em capacitação do professor para ele poder ao melhor de si.

O professor Albuquerque é um grande crítico e é de críticos assim que precisamos, ele está em sala de aula e sabe o que realmente acontece na educação pública no caso especifico a escola estadual paulista, que especula e só segue a lei mesmo quando é notificada judicialmente, ou seja, o governo estadual é um contraventor e não só no nosso tema de trabalho portadores de necessidades não o governo estadual na área da educação é um contraventor da lei, deveria tirar a administração da educação das mãos do estado.

Você já viu cegos, surdos, deficientes físicos, e outros..., andando nas ruas, vivendo socialmente como os mesmos direitos e oportunidades como as pessoas "ditas normais"? Você já viu alunos com necessidades especiais totalmentes inclusos com outros nas escolas?Claro que não. Ainda há muita discriminação, e o professor Albuquerque vê isso, e é na sala de aula que temos que cobrar colocar racionalmente na mente de cada aluno o que o governo faz um descaso total com o ser humano.

Pois é, as Declarações como a de Salamanca, Jontien, as leis LDB 93/94 de 96 e outras.... dão os mesmos direitos e oportunidades a todas essas pessoas, na teoria estão escritas, mas na prática????? Só que ainda falta muito nesse nosso país. Aí pergunto pra que serve a lei? Serve pra alho? Ou o judiciário só se move com denuncias? Denuncias de um povo individualista em que ninguém está aí para o problema do outro.

A tecnologia vem ajudando muito a vida do surdo, as políticas públicas voltadas para investimentos na educação de pessoas com necessidades educacionais, poderiam investir mais, dando mais acessibilidade, mas posso perceber que a inclusão está acontecendo sim, muito devagar, pode se acelerar com mais investimentos. Os professores precisam de capacitação, com o ensino de Libras e outros cursos voltados para a inclusão, devem ser gratuitos. O salário do professor já está muito congelado e já perdeu para inflação, ainda temos que pagar curso de libras, e outros, para podermos entender e conviver melhor com nossos alunos surdos e com todos que estão a nossa vivência em sociedade. O surdo, e outros deficientes, são pessoas como a gente, são muito capazes e merecem uma educação e uma vida com mais dignidade.
Essa foi uma grande crítica de nosso docente entrevistado e algo que também prego, o que quer o governo? O que quer nossos governantes? Até quando vamos andar na rua, como se nada estivesse acontecendo? Nas salas de aulas querem nos calar, mas é com pessoas de luta como o professor Albuquerque, que me faz ter esperança num mundo melhor sim.

EDUCAÇAO ESPECIAL

Direito da cidadania de crianças com deficiências freqüentarem a mesma classe com seus pares normais.Estimulação das crianças mentalmente prejudicadas por algum motivo traumatológico, psíquico, neurológico, sindrômico ou genético, visando sua inclusão escolar e social. Deficiente é a sociedade que ignora por opção. Cego é o nosso governo que faz vista grossa e desampara as crianças e aos pais.Paralítico é aquele que não se move diante das situações.O conceito de normalidade e de distúrbio precisa ser revisto.

Uma crítica radical sim, mas que precisa ser falada e não devemos ter medo nunca de ver o erro, como professores de filosofia, não interessa só falar sobre direitos e deveres devemos denunciar o descaso de governos não comprometidos para os direitos dos necessitados especiais e com nossos alunos que não querem esmolas querem apenas enfatizar o seu direito ser cobrado pelos seus erros e ser valorizado pela sua competência.