quarta-feira, 10 de setembro de 2008

A ANGÚSTIA - Parte 05

4.2 A angústia

O nada é revelado na angústia. Apesar disso, não há a destruição do ente em si mesmo e tampouco a realização de uma negação do ente em sua totalidade. O próprio nada nadifica.
Heidegger ainda faz uma explanação conceitual do que é a Metafísica:

Metafísica é o perguntar além do ente para recuperá-lo, enquanto tal e em sua totalidade, para a compreensão. Na pergunta pelo nada acontece um tal ir para fora além do ente enquanto ente em sua totalidade. Com isto prova-se que ela é uma questão “metafísica”. De questões deste tipo dávamos, no início, uma dupla característica: cada questão metafísica compreende, de um lado, sempre toda a metafísica. Em cada questão metafísica, de outro lado, sempre vem envolvido o ser-aí que interroga. Em que medida perpassa e compreende a questão do nada a tota lidade da metafísica?Sobre o nada a metafísica se expressa desde a Antiguidade numa enunciação, sem dúvida, multívoca: ex nihilo nihil fit, do nada nada vem. Ainda que, na discussão do enunciado, o nada, em si mesmo, nunca se torne problema, expressa ele, contudo, a partir do respectivo ponto de vista sobre o nada, a concepção fundamental do ente que aqui é condutora.

O nada não é o oposto do ente, não é a negação do ente. Mas pertence ao ente. Hegel vai concluir este pensamento com a afirmação “O puro ser e o puro nada são, portanto, o mesmo.”

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