quarta-feira, 5 de março de 2008

MUTABILIDADE E DA IMUTABILIDADE DOS SERES - Parte 05

4.2 A Apologia de Sócrates
Sócrates foi condenado injustamente pelo tribunal à pena de morte, acusado de corromper a juventude e não adorar alguns deuses da pólis. Pela tradição grega, os condenados à morte bebiam cicuta, um veneno que paralisava todo o corpo até à asfixia, e só o poderiam fazer após do pôr do sol.O diálogo mostra como a Filosofia questiona e põe em xeque o status quo vigente, permitindo a demonstração racional de valores e abrindo novos caminhos. Nas cabeças dos jovens, pode ter efeitos de mudança, o que não era bem visto pela elite dominante daquele momento. A questão da humanidade de Sócrates é apresentada em várias pontos, dentre eles destacamos: “Violais as leis escritas, como tiranos, eu as violo como um homem justo. Violais vossas leis por loucura, eu as violo por sabedoria. Obedeço as vossas leis quando elas se aproximam da justiça ou quando me parecem indiferentes. Desobedeço-lhes quando são injustas. Mas aquele que desobedece assim à lei é melhor que a lei.

4.3 Fédon
É considerado o mais popular dos diálogos de Platão, sendo o mais lido, mais citado e comentado. Versa sobre os últimos momentos de Sócrates no cárcere junto a oito amigos, no dia de sua execução.Para Sócrates, a filosofia é amar a verdade e a virtude; é desligar-se dos liames que prendem a alma ao corpo; é fugira as paixões que nascem da submissão dos sentidos. É considerada uma preparação para a morte.Após a morte, a alma toma um novo caminho. A questão da imortalidade é abordada através da Metempsicose (a crença na reencarnação da alma), que é provada através de quatro argumentos: a incompatibilidade dos contrários, o argumento da reminiscência , o argumento da simplicidade e o da sucessão dos opostos.

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