sexta-feira, 13 de junho de 2008

A Metodologia Tomista - Parte 08

2.4. Analogia e participação
A linguagem analógica ou a analogia, é fundamentalmente a grande inovação tomista. Por ela, tornou-se mais eficiente a comparação entre realidades que aparentemente, muito divergindo em algo acidental, assemelham-se em algo essencial. A linguagem analógica é o fundamento para a afirmação de duas outras importantes doutrinas tomistas: a doutrina da participação, a partir da qual se afirma e demonstra a real existência de algo na criatura que representa à maneira de vestígio, imagem e semelhança alguma perfeição divina e a doutrina do ato de ser que demonstra que o ser representa e confirma, em cada criatura, certo grau de realização de alguma perfeição divina. Este rico vocabulário se alinha, até hoje, nos léxicos e dicionários especializados ou não e, inclusive, guardam parcial, quando não total, semelhança com o sentido metafísico original aristotélico-tomista.
A lexicografia aristotélico-tomista estabelece, guardadas as proporções, uma revolução semântica em linguagem filosófica e teológica. Isso marca, efetivamente, a sua importância e atualidade. Termos como substância, acidente, matéria, forma, privação, ato, potência, causa, princípio, uno, verdade, bem, algo, relação e, tantos outros, enriqueceram ainda mais o leque de possibilidades semânticas de alguns conceitos que mantêm, em alguns casos, o mesmo sentido original em seus usos corriqueiros.

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