(a) analogia: Como vimos, mediante um nome, os conceitos podem ser utilizados para significar outras coisas. E isso ocorre porque distingue-se o significado de uma palavra, do modo como é utilizado para significar [CG.I,30]. Neste sentido, fica claro que os termos da linguagem, como as palavras e o nomes, nem sempre conservam o mesmo significado. Por este motivo, cabe estabelecer a seguinte divisão: termo unívoco diz-se do nome que significa uma mesma essência, que se diz de uma única natureza, ou seja, a conveniência do nome com a natureza [S.Theo.I,q5,a6,ad3/q13,a10,c/In II Sent. 22,1,3,ad2], como quando se toma o nome coelho para designar a uma espécie de animal e que conserva sempre este mesmo sentido; termo equívoco indica a indução de significar várias coisas por um mesmo nome [C.G.4,49].
É sinônimo de ambigüidade, onde não se toma a similitude entre as realidades, mas a unidade do nome [C.G.1,33]. Equívoco diz-se da não proporcionalidade entre o nome e a essência, ou seja, o nome é comum, mas as subtâncias diversas [S.Theo.I,q4,a2,c], como quando se toma o nome quarto para significar um número ordinal ou um cômodo da casa e, por fim, termo análogo diz-se de algo que comumente se aplica a muitos [In I Sent.22,1,3,ad2], segundo uma comparação por proporção [S.Theo.I,13,a5,c], em que o nome, segundo um significado aceito, é posto na definição do mesmo nome, com outro significado [S.Theo.I,13,a10,c], como quando se toma o nome liberdade para aplicá-lo ao sentido moral ou para usá-lo no sentido penal.
A analogia tem fundamental valor e uso. É a comparação por proporção [S.Theo.I,13,a5,c]; em analogia é necessário que o nome segundo um significado aceito seja posto na definição do mesmo nome, com outro significado [S.Theo.I,13,a10,c], por isso, análogo se diz de algo que comumente se aplica a muitos [In I Sent.22,1,3,ad2]; a analogia pode ser: de proporcionalidade, quando os sujeitos possuem a perfeição significada de modos diversos, mas semelhantes, como por exemplo, ser dito do homem, do anjo e de Deus; de atribuição, quando um dos sujeitos possui a perfeição em sua plenitude e os demais por participação ou de modo derivado, como por exemplo, intelecto dito de Deus e por atribuição do homem e do anjo.
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