Conclusões
O nascimento da Filosofia foi propiciado por uma série de fatores que ocorriam na sociedade grega por volta dos séculos VI e VII a.C. O contato com outras culturas, o desenvolvimento do comércio e as necessidades de expansão das navegações tornaram fecundos os questionamentos racionais sobre o mundo percebido pelas pessoas naquele ponto do espaço-tempo. Os mitos, que explicavam a origem e a ordem do mundo posto, deram lugar ao pensamento racional, sendo possível o alcance do entendimento ao homem a partir de seus pensamentos, não mais por revelações divinas.
Os primeiros filósofos voltavam suas atenções para a natureza e encontravam, durante suas reflexões, a necessidade de estabelecer qual era o princípio gerador de tudo. Este princípio é chamado de arqué. Muito foi desenvolvido a respeito deste conceito, tendo os mais variados elementos defendidos pelos filósofos: a água, o ar, o fogo, os números, o átomo. Porém, esta é uma discussão que se apresenta até nossos dias, sem uma conclusão satisfatória. Este tipo de pensamento racional deu origem às ciências naturais, que estão presentes em nossos estudos cotidianos até os dias de hoje.
A investigação dos fenômenos naturais e o espírito crítico dos primeiros filósofos ainda permanecem presente entre nós, permitindo o avanço do pensamento humano e o conhecimento do mundo no qual estamos inseridos.
terça-feira, 20 de maio de 2008
segunda-feira, 19 de maio de 2008
Nascimento da Filosofia - Parte 02
O pensamento filosófico
Inicia-se, então, um avanço do pensamento poético, recheado de alegorias dos mitos, para um pensamento filosófico, racional. Era a ascensão do logos sobre a mitologia. Assim, se entende que houve uma passagem de um modo de pensar baseado pela força da narrativa (tradição oral) para um conhecimento pautado pelo discurso (lógico e argumentativo). Os gregos tiveram então, o surgimento de um pensamento que mudava o paradigma da época, procurando entender a vida e os fatos do mundo de forma mais sistemática (com relações de causa e efeito) com forte reflexão sobre na natureza externa. Este pensamento é recheado de questões cosmológicas.
A idéia central era a de que a Natureza opera obedecendo a leis e princípios necessários e universais, isto é, os mesmos em toda a parte e em todos os tempos. Filósofos naturalistas Os primeiros filósofos questionavam a forma como os fenômenos da Natureza ocorriam, tirando todas as alegorias que existiam em volta deles. Uma das maiores dúvidas destes primeiros filósofos era a origem de tudo, ou seja o que era o arch (arqué). Qual a substância que era o ponto de partida para todas as outras?
Vários pensadores apresentavam seus pontos de vista, dentre eles, os seguintes:
Tales de Mileto (630-545 a.C.) : defendia que o arqué era a água.Anaximandro (610 - 545 a.C.): desenvolveu sua teoria de que o arqué não se constitui de elementos materiais, como ar, água, terra ou fogo, mas é um elemento indeterminado (apeiron: apeiron), algo indefinido, infinito, universal.
Anaxímenes (séc. VI a.C.): atribuía a arque ao ar (pneuma: pneuma) ou espírito. Os elementos da natureza seriam feitos a partir da condensação deste elemento
Pitágoras (570 - 490 a.C.): via a arqué como mônada (monada), ou seja, um o elemento indeterminado, que serve de substrato material aos números. Os números estão presentes e dão origem aos pontos, linhas, formas, figuras planas, espaciais, dos quais procede tudo o que existe.
Heráclito (540- 476 a.C.): Para ele, a arque era o fogo e desenvolveu o raciocínio de que tudo está em constante devir (panta rei: panta rei).
Parmênides (515 - 440 a.C.): Afirmava que a arqué era o ser. Para ele o ser existe e o não-ser não existe, conseqüentemente não existe mudança real, em contraposição a Heráclito. Para Parmênides o ser é único, imóvel, imutável, invariável, eterno.Demócrito (461 - 361 a.C.): A arqué era o átomo (atomo), sendo tudo constituído por ele, até mesmo os deuses.
Esta nova forma de pensamento trouxe para a Filosofia o desenvolvimento das ciências naturais, iniciando uma revolução no pensamento ocidental.
domingo, 18 de maio de 2008
Nascimento da Filosofia - Parte 01
Nascimento da Filosofia
Filosofia é uma palavra formada pela junção de dois vocábulos gregos – φιλο (filo, amar) e σοφία (sophos, sabedoria), o que significa "amor pela sabedoria", sendo, então, "filósofo" o "amigo da sabedoria", “o que ama a sabedoria”. Diógenes Laércio, primeiro historiador da filosofia, atribui a Pitágoras, matemático e filósofo da Grécia antiga, ter-se chamado a si mesmo de filósofo.
A filosofia nasce por volta do século VI ou VII a.C nas cidades gregas da Ásia Menor, apesar da sabedoria dos povos existir em todas as partes do mundo. Porém, foi na Grécia que encontramos todo o padrão investigativo e racional de pensamento que existe até hoje.
Durante os séculos que antecederam seu nascimento, houve o desenvolvimento da agricultura, permitindo a sedentarização do homem, levando ao surgimento das cidades e a conseqüente criação do comércio. Essa constante troca de mercadorias e informações foi gerando uma sociedade organizada sócio-politicamente, com governos estabelecidos e classes sociais. Os gregos eram grandes navegadores e estavam em constante contato com as culturas de outros povos. As reflexões para obtenção de conhecimentos racionais eram necessárias, a fim de prever certos acontecimentos da natureza e organizar a vida das pessoas e o comércio existente, o que levou ao desenvolvimento da escrita, da moeda e do calendário. Nota-se aqui o nascimento de alguns fatores que já indicavam uma mudança na forma de viver das pessoas, influenciando a forma de seus pensamentos.
Além disso, os gregos tinham uma relação particular com seus deuses. A mitologia que reinava, tradicionalmente oral, explicava todos os fenômenos da Natureza, sendo as causas dos fenômenos atribuídas à deuses, gênios e formando uma grande história para a criação dos seres e do universo. Os deuses gregos eram muito próximos dos seres humanos, possuindo inclusive, aspectos emocionais como ódio, paixão, tristeza, dentre outros. Assim, os gregos se relacionavam com o mundo sobrenatural de uma forma diferente de outros povos, os quais possuíam deuses mais afastados da realidade humana, sendo muitas vezes de temperança baseada em humores. Era comum a utilização de sacrifícios, orações e toda a sorte de superstições a fim de influenciar a satisfação de um ou mais deuses, a fim de conseguir uma boa colheita, uma chuva, sucesso em uma batalha, etc.
Filosofia é uma palavra formada pela junção de dois vocábulos gregos – φιλο (filo, amar) e σοφία (sophos, sabedoria), o que significa "amor pela sabedoria", sendo, então, "filósofo" o "amigo da sabedoria", “o que ama a sabedoria”. Diógenes Laércio, primeiro historiador da filosofia, atribui a Pitágoras, matemático e filósofo da Grécia antiga, ter-se chamado a si mesmo de filósofo.
A filosofia nasce por volta do século VI ou VII a.C nas cidades gregas da Ásia Menor, apesar da sabedoria dos povos existir em todas as partes do mundo. Porém, foi na Grécia que encontramos todo o padrão investigativo e racional de pensamento que existe até hoje.
Durante os séculos que antecederam seu nascimento, houve o desenvolvimento da agricultura, permitindo a sedentarização do homem, levando ao surgimento das cidades e a conseqüente criação do comércio. Essa constante troca de mercadorias e informações foi gerando uma sociedade organizada sócio-politicamente, com governos estabelecidos e classes sociais. Os gregos eram grandes navegadores e estavam em constante contato com as culturas de outros povos. As reflexões para obtenção de conhecimentos racionais eram necessárias, a fim de prever certos acontecimentos da natureza e organizar a vida das pessoas e o comércio existente, o que levou ao desenvolvimento da escrita, da moeda e do calendário. Nota-se aqui o nascimento de alguns fatores que já indicavam uma mudança na forma de viver das pessoas, influenciando a forma de seus pensamentos.
Além disso, os gregos tinham uma relação particular com seus deuses. A mitologia que reinava, tradicionalmente oral, explicava todos os fenômenos da Natureza, sendo as causas dos fenômenos atribuídas à deuses, gênios e formando uma grande história para a criação dos seres e do universo. Os deuses gregos eram muito próximos dos seres humanos, possuindo inclusive, aspectos emocionais como ódio, paixão, tristeza, dentre outros. Assim, os gregos se relacionavam com o mundo sobrenatural de uma forma diferente de outros povos, os quais possuíam deuses mais afastados da realidade humana, sendo muitas vezes de temperança baseada em humores. Era comum a utilização de sacrifícios, orações e toda a sorte de superstições a fim de influenciar a satisfação de um ou mais deuses, a fim de conseguir uma boa colheita, uma chuva, sucesso em uma batalha, etc.
quinta-feira, 15 de maio de 2008
A sexualidade
Flávio Gikovate analisa que, na cultura ocidental, o sexo sempre esteve associado com a agressividade e não com o amor. O sexo está associado com jogo de poder, competição, consumismo, guerra dos sexos. A raiva puxa o desejo e nas escolhas afetivas está presente. O seu objetivo é conscientizar e denunciar essa associação. Seu livro “A Libertação Sexual” fundamenta-se na idéia de que esta associação precisa ser desfeita em dois fenômenos distintos. Para ele, amor é uma sensação de paz e aconchego que se experimenta com o outro, e sexo é uma sensação física de excitação que pode se experimentar sozinho. Palestra proferida no Café Filosófico de 6/1/2005.
Veja aqui.
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terça-feira, 13 de maio de 2008
RELAÇÃO ENTRE AMOR E FILOSOFIA - Parte 03
Amor, intermediário e mediador
Platão daí deduz três conseqüências que enfatizam sua condição de “intermediário”: não é mortal nem imortal, indigente nem opulento, ignorante nem sábio; é um “meio-termo” que participa desses contrastes sem se confundir com nenhum deles. O último par dos contrastes é essencialmente interessante e permite uma extensão significativa. É por estar no meio, entre a ignorância e o saber, que o amor é filósofo. Um deus não filosofa, já que sabe; o ignorante não filosofa, pois nem mesmo sabe que não sabe; portanto, eles não tem necessidade nem desejo. Eros está consciente da carência e aspira, com todo o seu ser, a preenchê-la. Parte à conquista do saber, e é essa busca ou conquista – a alegoria da caverna já nos tinha ensinado – que se chama filosofia. Assim, a filosofia é amor, o amor é filósofo, e Sócrates é o protótipo acabado dessas duas mediações salvadoras.
“Amar é conceber na beleza, em conformidade com a alma e o corpo”. O amor, expressão de nossa indigência fundamental, será também o trampolim privilegiado para o acesso ao essencial: a contemplação do absoluto.
Platão daí deduz três conseqüências que enfatizam sua condição de “intermediário”: não é mortal nem imortal, indigente nem opulento, ignorante nem sábio; é um “meio-termo” que participa desses contrastes sem se confundir com nenhum deles. O último par dos contrastes é essencialmente interessante e permite uma extensão significativa. É por estar no meio, entre a ignorância e o saber, que o amor é filósofo. Um deus não filosofa, já que sabe; o ignorante não filosofa, pois nem mesmo sabe que não sabe; portanto, eles não tem necessidade nem desejo. Eros está consciente da carência e aspira, com todo o seu ser, a preenchê-la. Parte à conquista do saber, e é essa busca ou conquista – a alegoria da caverna já nos tinha ensinado – que se chama filosofia. Assim, a filosofia é amor, o amor é filósofo, e Sócrates é o protótipo acabado dessas duas mediações salvadoras.
“Amar é conceber na beleza, em conformidade com a alma e o corpo”. O amor, expressão de nossa indigência fundamental, será também o trampolim privilegiado para o acesso ao essencial: a contemplação do absoluto.
segunda-feira, 12 de maio de 2008
RELAÇÃO ENTRE AMOR E FILOSOFIA - Parte 02
A cena passa-se no dia do nascimento de Afrodite, apresentada aqui mais como a deusa da Bondade do que do Amor (203c). Eros não nasce de Afrodite, como o deixam entender numerosas narrativas mitológicas, nasce sob o signo da beleza. É por isso que, sem ser ele mesmo belo, será aspiração pela beleza (cf. a continuação inspirada do discurso de Diotima). É filho de Poros (Recursos), ele mesmo filho de Métis (Sabedoria, inteligência prática). A personificação desse nome, que significa, antes de mais nada, “passagem”, “via”, não é uma grande invenção de Platão, mas toda a descrição encantadora da figura paterna nos remete à idéia de uma natureza inventiva e astuciosa, sempre à espreita, na procura ou na caça.
Engenhoso (Porimos), Poros é aquele que sempre sabe encontrar os meios (as “passagens”) para obter aquilo que visa. Risco e aventura não lhe fazem medo: é, essencialmente, investigador, caçador, conquistador. Foi gerado por Penia, pobre mendiga, que se aproveita do sono pesado de Poros para se unir a ele, esperando com isso conseguir algum alívio para sua miséria. Tudo a caracteriza negativamente: miséria, indigência, vida de vadiagem, sem teto nem lei. Todo o seu ser não é mais do que um vazio, sem os meios que o permitiriam preencher. É o anti-Poros, já que ela mesma é Aporia.
Eros herdou de seus dois pais, ao mesmo tempo, numa mistura, afinal de contas, feliz, ainda que não seja harmoniosamente estável: mendigo e investigador, inquieto e apaixonado, pobre em bens materiais, mas rico em recursos potenciais, não tem nada, mas quer muito. Daí sua natureza dinâmica, mas instável, seu caráter ardente, mas caprichoso, sua engenhosidade inventiva, mas sempre insatisfeita. Está em penúria, mas conhece sua penúria; quer sair de si e aspira por saber, por beleza e por fecundiade.
domingo, 11 de maio de 2008
RELAÇÃO ENTRE AMOR E FILOSOFIA - Parte 01
Na obra "O Banquete", de Platão, um ponto já se acha estabelecido e, daqui para frente, não se poderá ignorá-lo: o amor deseja o que não possui; desejando o belo e o bom, esta privado deles; não poderia, portanto, ser um deus, já que esta marcado por essa falta. Contudo, não é um mortal; será, então, um intermediário (metaxu) entre um e outro mortal (202d).
Ao mesmo tempo meio e mediador, entre dois mundos (mortal e imortal, sensível e inteligível...), participa dos dois ao mesmo tempo. Eros é um “demônio” (daimon), cuja função é essencialmente a de síntase. Nesse ponto da análise, o mito vem, felizmente, em socorro de uma argumentação que se mostra delicada: feito de contrastes solidários, Eros é, antes de mais nada, uma síntese das características herdadas de seus pais.
sexta-feira, 9 de maio de 2008
ANÁLISE DE ESCRITA DE AUTORES FILOSÓFICOS - Parte 05
CONCLUSÃO
Os três autores em foco neste artigo, Manuel García Morente, Marilena Chauí e Bertrand Russel escrevem para o público em geral, permitindo o desenvolvimento do raciocínio junto com a demonstração dos silogismos filosóficos que culminaram com determinadas conclusões.
Através da história da filosofia, mostram como determinadas escolas validam, aprimoram ou refutam as teses de seus antecessores, através de um diálogo proficiente entre o leitor e o autor.
quinta-feira, 8 de maio de 2008
ANÁLISE DE ESCRITA DE AUTORES FILOSÓFICOS - Parte 04
DESENVOLVIMENTO DE IDÉIAS
As obras prezam pelo desenvolvimento das idéias através do tempo, focalizando o contexto histórico e a mudança dos paradigmas do pensamento em função das descobertas científicas nos mais variados campos, como na Física, na Sociologia, na Matemática e na Biologia. Esta contraposição de idéias permite uma dialética no tempo, o que torna mais fácil a conclusão do leitor. O diálogo filosófico entre autores que talvez sequer tenha compartilhado do mesmo tempo é muito interessante, como no trecho a seguir:
“Segundo a interpretação de Natorp, as idéias platônicas seriam uma posição do ser para o sujeito pensante. (...) Pela simples virtude do seu pensamento de caráter sintético, reúne em feixes grupos de sensações aos quais confere a plena realidade, a objetividade. (...). Julgo esta interpretação radicalmente falsa (...), pois consiste em introduzir sub-repticiamente no platonismo uma concepção que não surge na história da filosofia até Descartes”. [MMG], Pág. 90.
quarta-feira, 7 de maio de 2008
ANÁLISE DE ESCRITA DE AUTORES FILOSÓFICOS - Parte 03
ESTILO
Os autores escrevem seus textos para um destinatário universal, ou seja, para todos aqueles que tenham interesse nesta leitura. Não há necessidade de conhecimentos prévios (como na leitura de textos técnicos) para viabilizar o entendimento das proposições. Muitas vezes são citadas ou utilizadas metáforas e exemplos, a fim de esclarescer uma posição filosófica, como na reprodução do “Mito da Caverna”, de Platão, ou como no trecho a seguir:
“O mundo é percebido qualitativamente, efetivamente e valorativamente. Quando percebemos uma outra pessoa, por exemplo, não temos uma coleção de sensações que nos dariam as partes isoladas de eu corpo, mas a percebemos como tendo uma fisionomia (agradável ou desagradável, bela ou feia, serena ou agitada (...)) e por essa percepção definimos nosso modo de relação com ela.” [CM], pág. 155.
Os autores escrevem seus textos para um destinatário universal, ou seja, para todos aqueles que tenham interesse nesta leitura. Não há necessidade de conhecimentos prévios (como na leitura de textos técnicos) para viabilizar o entendimento das proposições. Muitas vezes são citadas ou utilizadas metáforas e exemplos, a fim de esclarescer uma posição filosófica, como na reprodução do “Mito da Caverna”, de Platão, ou como no trecho a seguir:
“O mundo é percebido qualitativamente, efetivamente e valorativamente. Quando percebemos uma outra pessoa, por exemplo, não temos uma coleção de sensações que nos dariam as partes isoladas de eu corpo, mas a percebemos como tendo uma fisionomia (agradável ou desagradável, bela ou feia, serena ou agitada (...)) e por essa percepção definimos nosso modo de relação com ela.” [CM], pág. 155.
terça-feira, 6 de maio de 2008
ANÁLISE DE ESCRITA DE AUTORES FILOSÓFICOS - Parte 02
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
É nítida a presença do autor nas três obras, sempre havendo uma introdução sobre os mais diversos assuntos, trazendo alguns dados do senso comum, para depois haver o desenvolvimento de um pensamento filosófico sobre a viabilidade das teses. Especialmente na obra de Morente, prima-se pela didática, mostrando a evolução do pensamento humano, os fatores que levam à determinadas conclusões e as falhas que podem existir em determinadas situações. O autor ainda permite-se discordar das conclusões de autores em estudo e usa a primeira pessoa constantemente, como no trecho a seguir:
“Seria muito longo e não pouco complicado expor aqui as razões que me levaram à definição que vou dar do clássico (...) o conceito do clássico pode reduzir-se a três notas características: primeira, predomínio da atenção ao universo e diferencial sobre a atenção ao comum ej geral;, segunda, a intuição das hierarquias dominantes nas distintas formas de realidade; e terceira, respeito à objetividade. “ ( [MMG], pág. 114).
Outra característica que posso apontar é a objetividade dos autores. Nas três obras é constante o bom esclarescimento das questões e a assertividade dos textos, mostrando os raciocínios com grande destreza, como no trecho à seguir:
“Devemos considerar a questão de vocabulário mínimo. Chamo vocabulário mínimo àquele que não contém palavra alguma suscetível de definição verbal em termos de outras palavras desse vocabulário. Depois vocabulário mínimos que tratam do mesmo assunto talvez não sejam iguais. (...) Foi um grande feito da Física clássica quando de definiram todas as unidade em termos de unidades de massa, comprimento e tempo". [RB], pág. 99.
O sujeito de identificação participadora é constante, mostrando a exibição de uma consciência de um caso particular com o intuito de atingir um alcance universal.
É nítida a presença do autor nas três obras, sempre havendo uma introdução sobre os mais diversos assuntos, trazendo alguns dados do senso comum, para depois haver o desenvolvimento de um pensamento filosófico sobre a viabilidade das teses. Especialmente na obra de Morente, prima-se pela didática, mostrando a evolução do pensamento humano, os fatores que levam à determinadas conclusões e as falhas que podem existir em determinadas situações. O autor ainda permite-se discordar das conclusões de autores em estudo e usa a primeira pessoa constantemente, como no trecho a seguir:
“Seria muito longo e não pouco complicado expor aqui as razões que me levaram à definição que vou dar do clássico (...) o conceito do clássico pode reduzir-se a três notas características: primeira, predomínio da atenção ao universo e diferencial sobre a atenção ao comum ej geral;, segunda, a intuição das hierarquias dominantes nas distintas formas de realidade; e terceira, respeito à objetividade. “ ( [MMG], pág. 114).
Outra característica que posso apontar é a objetividade dos autores. Nas três obras é constante o bom esclarescimento das questões e a assertividade dos textos, mostrando os raciocínios com grande destreza, como no trecho à seguir:
“Devemos considerar a questão de vocabulário mínimo. Chamo vocabulário mínimo àquele que não contém palavra alguma suscetível de definição verbal em termos de outras palavras desse vocabulário. Depois vocabulário mínimos que tratam do mesmo assunto talvez não sejam iguais. (...) Foi um grande feito da Física clássica quando de definiram todas as unidade em termos de unidades de massa, comprimento e tempo". [RB], pág. 99.
O sujeito de identificação participadora é constante, mostrando a exibição de uma consciência de um caso particular com o intuito de atingir um alcance universal.
segunda-feira, 5 de maio de 2008
ANÁLISE DE ESCRITA DE AUTORES FILOSÓFICOS - Parte 01
Neste artigo serão analisados três autores filosóficos cujos textos serão comparados à luz dos dados obtidos durante as aulas de Introdução à Leitura de Textos Filosóficos.
Para tanto, escolhi os seguintes filósofos:
1-) Manuel Garcia Morente, catedrático espanhol, nascido em Arjonilla em 22 de Abril de 1886. Estudou na França, onde obteve a licenciatura em Letras e na Espanha, onde obteve seu doutorado em Filosofia. É autor de inúmeras obras, destacando-se entre elas:”A filosofia de Kant”, “Fundamentos de Filosofia”, e “A Filosofia de Bergson”.[MGM]
2-) Marilena Chauí. Nascida em São Paulo em 1941, cursou a graduação e o mestrado em na Universidade de São Paulo. Obteve seu doutorado na França e leciona Filosofia na USP [MC]. Autora de obras como “Brasil: Mito fundador e sociedade autoritária” e “Convite à Filosofia”.
3-) Bertrand Russel. Nasceu a 18 de Maio de 1872, em Ravenscroft, Monmouthshire, Inglaterra. Estou filosofia e matemática, recebendo o título de doutor [BC]. Autor de obras como “Exposição crítica da Filosofia de Leibniz” e “O Conhecimento Humano”.
As análises a seguir contemplam as seguintes obras supracitadas: “Fundamentos de Filosofia”, de Morente; “Convite à Filosofia”, de Chauí e “O Conhecimento Humano”, de Russel.
Para tanto, escolhi os seguintes filósofos:
1-) Manuel Garcia Morente, catedrático espanhol, nascido em Arjonilla em 22 de Abril de 1886. Estudou na França, onde obteve a licenciatura em Letras e na Espanha, onde obteve seu doutorado em Filosofia. É autor de inúmeras obras, destacando-se entre elas:”A filosofia de Kant”, “Fundamentos de Filosofia”, e “A Filosofia de Bergson”.[MGM]
2-) Marilena Chauí. Nascida em São Paulo em 1941, cursou a graduação e o mestrado em na Universidade de São Paulo. Obteve seu doutorado na França e leciona Filosofia na USP [MC]. Autora de obras como “Brasil: Mito fundador e sociedade autoritária” e “Convite à Filosofia”.
3-) Bertrand Russel. Nasceu a 18 de Maio de 1872, em Ravenscroft, Monmouthshire, Inglaterra. Estou filosofia e matemática, recebendo o título de doutor [BC]. Autor de obras como “Exposição crítica da Filosofia de Leibniz” e “O Conhecimento Humano”.
As análises a seguir contemplam as seguintes obras supracitadas: “Fundamentos de Filosofia”, de Morente; “Convite à Filosofia”, de Chauí e “O Conhecimento Humano”, de Russel.
quinta-feira, 1 de maio de 2008
A separação dos amantes
Poucos temas despertam tanto o interesse dos artistas e do público quanto a paixão amorosa. Clássicos da literatura e do teatro, como “Romeu e Julieta”, comovem as pessoas há séculos ao apresentarem o drama do casal de apaixonados. Flávio Gikovate fala sobre o amor, a diferença entre amor e sexo, e sobre os impedimentos internos e externos que separam os casais. É possível ser civilizado e terminar um amor sem mentira, sem baixeza? Pode haver ética no fim de um relacionamento amoroso? Para Flávio Gikovate, o que leva à separação dos amantes é algo que está dentro de nós e está relacionado às nossas primeiras experiências afetivas. Palestra proferida no Café Filosófico, em 17/9/2004.
Veja aqui.
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