domingo, 18 de maio de 2008

Nascimento da Filosofia - Parte 01

Nascimento da Filosofia

Filosofia é uma palavra formada pela junção de dois vocábulos gregos – φιλο (filo, amar) e σοφία (sophos, sabedoria), o que significa "amor pela sabedoria", sendo, então, "filósofo" o "amigo da sabedoria", “o que ama a sabedoria”. Diógenes Laércio, primeiro historiador da filosofia, atribui a Pitágoras, matemático e filósofo da Grécia antiga, ter-se chamado a si mesmo de filósofo.

A filosofia nasce por volta do século VI ou VII a.C nas cidades gregas da Ásia Menor, apesar da sabedoria dos povos existir em todas as partes do mundo. Porém, foi na Grécia que encontramos todo o padrão investigativo e racional de pensamento que existe até hoje.

Durante os séculos que antecederam seu nascimento, houve o desenvolvimento da agricultura, permitindo a sedentarização do homem, levando ao surgimento das cidades e a conseqüente criação do comércio. Essa constante troca de mercadorias e informações foi gerando uma sociedade organizada sócio-politicamente, com governos estabelecidos e classes sociais. Os gregos eram grandes navegadores e estavam em constante contato com as culturas de outros povos. As reflexões para obtenção de conhecimentos racionais eram necessárias, a fim de prever certos acontecimentos da natureza e organizar a vida das pessoas e o comércio existente, o que levou ao desenvolvimento da escrita, da moeda e do calendário. Nota-se aqui o nascimento de alguns fatores que já indicavam uma mudança na forma de viver das pessoas, influenciando a forma de seus pensamentos.

Além disso, os gregos tinham uma relação particular com seus deuses. A mitologia que reinava, tradicionalmente oral, explicava todos os fenômenos da Natureza, sendo as causas dos fenômenos atribuídas à deuses, gênios e formando uma grande história para a criação dos seres e do universo. Os deuses gregos eram muito próximos dos seres humanos, possuindo inclusive, aspectos emocionais como ódio, paixão, tristeza, dentre outros. Assim, os gregos se relacionavam com o mundo sobrenatural de uma forma diferente de outros povos, os quais possuíam deuses mais afastados da realidade humana, sendo muitas vezes de temperança baseada em humores. Era comum a utilização de sacrifícios, orações e toda a sorte de superstições a fim de influenciar a satisfação de um ou mais deuses, a fim de conseguir uma boa colheita, uma chuva, sucesso em uma batalha, etc.

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